Desigualdade de gênero: mal estar social
A desigualdade de gênero faz com que homens e mulheres sejam noticiados e divulgados de formas diferentes. As mulheres sempre são vistas como desequilibradas, instáveis, burras, loucas. Já os homens, como bravos, leões, às vezes até como agressivos, mas sempre de forma justificada. Aqui não é uma questão partidária e sim uma questão de gênero. Lembro como a imprensa foi extremamente cruel e dura com as jogadoras da seleção feminina de vôlei, inclusive dizendo que mulheres não tinham emocional necessário para vencer, por terem sofrido uma derrota de virada nas olimpíadas de 2014 em Atenas; já com a seleção masculina de vôlei em Londres 2012, houve uma situação semelhante de virada, porém foram justificados pelo mérito do outro time que soube sair da situação desfavorável. Enfim, precisamos lembrar que a desigualdade é a raiz de todas as formas de violência e todos nós, enquanto sociedade, temos a responsabilidade de combatê-la. Precisamos melhorar muito a forma de escrever e descrever as notícias para que sejamos justos independente do gênero. #women#IgualdadedeGenero#itgirl#goequeal#pelavidadetodasasmulheres#psicologamarianaluz
Coringa: escolha ou consequência?

Na quinta assisti o coringa. Confesso que não queria muito apesar do estardalhaço acerca do filme porque desde os 17 anos eu vejo tantos caras como ele ao meu redor: vítima de abuso, negligência, em situação de vulnerabilidade, vivência com uma cuidadora adoecida e que provavelmente foi vítima de abuso e ficamos nesse loping que a intersecção de raça, gênero e classe causam na sociedade… Bem, soma-se tudo isso e temos um cara bem ferrado: tanto física, quanto econômica, social, psíquica, profissionalmente e por aí vai… Inegável que o Joaquin Phoenix teve uma interpretação sensacional, mas será que os amantes desse filme e dessa interpretação pensam sobre os coringas da vida real. Na prática é bem mais difícil ser solidário ao menino ferrado, que sai da comunidade armado porque não se contenta em não ter um tênis de marca, um relógio caro, um iPhone ou uma oportunidade de estudar, de ganhar mais que um salário mínimo como a de tantos outros. É mais difícil quando se está em surto e sequestra um ônibus armado. Nossa comoção é seletiva e isso se deve à estrutura social que vivemos. Fiquei pensando se esse ator fosse negro, se o impacto em nosso imaginário seria esse. Parece exagero, mas é cruel e velha lembrança de que os marcadores sociais nos colocam em lugares certeiros para o descaso. O racismo, sem dúvidas, é um crime perfeito. Até na ficção fica visível. Bom, então não há opção quando se nasce em uma situação de extrema vulnerabilidade?! Para além dos aspectos sociais, vale a pena pensar na subjetividade e na escolha que permeia nossas vidas. Arthur deu vazão a sua raiva quando se sentiu enganado, traído e humilhado; e por isso, matou pessoas. Diversas pessoas. Um anti herói sofrendo todo tipo de dor que parece justificada a sua crueldade. Será que se ele tivesse tido atenção, afeto, e verdade em sua vida, ainda assim, ele teria ido às ultimas consequências?! Nunca saberemos, mas pelo menos ele teria ao seu alcance um leque maior de possibilidades. Na vida real, muitos escolhem outras possibilidades. #joker #marcadoressociais #racismo #pobreza #saudemental
Sororidade: sim, é possível!

Alguns tenistas passam a vida toda tentando ganhar uma, duas ou algumas partidas dentro de um Grand Slam. Treinando o ano todo para quem sabe chegar na segunda semana de um dos 4 torneios mais importantes do mundo, os Grand Slams. Os muito bem preparados conseguem fazer oitavas, quartas e que honra chegar à uma semi ou ser um finalista de grand slam. A glória maior, claro, ser campeão. Muitos tentam, alguns conseguem e outros passam a carreira tentando. Nessa atmosfera, Naomi Osaka (21), atual número 1 do mundo, após vencer a partida de Coco Gauff, (15); sim a garota tem 15 anos, 15 ANOS rs e com tão pouca idade já venceu 2 partidas dentro de um grand slam, quebra todos os protocolos, pois geralmente somente o vencedor é entrevistado e convence a tenista adolescente que acabara de perder a partida por 6×3 e 6×0, ser entrevistada junto com ela, emocionando a todos e dando um recado ao mundo, talvez de forma bem despretensiosa (ou não rs): mulheres se ajudam. Existe esse mito propagado pelo machismo que mulheres disputam o tempo todo e não sabem ser gentis com outras mulheres. Então, vemos essa cena linda no esporte, um lugar extremamente competitivo. É por essas e outras que o esporte tem um lugar enorme dentro do meu coração. Aprendo diariamente com atletas e hoje não foi diferente. Todas as mulheres fazem são gentis com outras mulheres?! Com certeza não, mas boas ações devem ser destacadas, afinal destacar lindas atitudes como essa servem para nos ajudar a quebrar mitos!
Quanto tempo meu filho pode mexer no celular?
Já se perguntou quanto podemos deixar nossas crianças brincando com o celular? Você tem um filho ou uma filha e pensa sobre esse assunto? Tem medo de que sua criança gaste muito tempo com tecnológia, de modo geral, como celulares, tablets, jogos, netflix e etc?! Bom, importante pensar que uma das formas que a criança constrói conhecimento é através do brincar. É no brincar que ela conhece e se prepara para o mundo que se apresenta diante de seus olhos. Seguindo por essa lógica, a brincadeira não deveria ser ruim, então quando ela pode se tornar um perigo? Quando deixamos de mostrar os limites, de falar não e colocar as regras seja do tempo ou conteúdo no celular, seja de qualquer outra brincadeira, do jogo ou da vida, não contribuímos para que nossas crianças aprendam as regras sociais. Lembrando sempre que nós somos os adultos responsáveis, ou deveríamos ser rs, por essa mediação entre a criança e o brinquedo. Portanto deixo a pergunta: que mundo estamos apresentando para nossos filhos?! #infancia #psicologiaporamor #responsabilidade #cuidardesi #cuidardooutro #paisefilhos
Mãe do sonho x Mãe na Realidade
Primeiro a notícia maravilhosa: grávidez ou seleção em uma fila de adoção. A alegria se torna um misto de sentimentos, pois com ela, vem a expectativa de que tipo de mãe serei e como será essa criança. Além das nossas próprias expectativas, temos que lidar com as expectativas das mães experientes, dos amigos, dos que sempre tem um conselho, uma palavra ou um palpite, e independente das melhores intenções, pressionam ainda mais a experiência da maternidade. Afinal de contas, como lidar com essas expectativas criadas, principalmente, quando a realidade se mostra diferente de tudo que esperei? Adaptando, ajustando, acima de tudo, se permitindo fazer novas escolhas, entendendo que as nossas expectativas com relação à maternidade é o misto da construção social da nossa cultura, que por vezes concebe um caminho único de vivermos, somado as nossas diversas experiências pessoais. Portanto, se a expectativa ou a realidade for divergente do que idealizamos, sempre há novas possibilidades para nós, para nossos filhos e para as situações que a vida coloca em nosso caminho. @roupas_de_bebe_littlemonster! #maternidadereal #fenomelogiaexistencial #cuidardesi #aceita #autocuidado #psicologia #psicologamarianaluz
Encontro de gerações

Alguma vez você já ouviu falar em estudos de diferentes gerações? Provavelmente sim. Embora não seja um consenso entre psicólogos, apontarei as quatro principais gerações conhecidas: Baby boomer X, Y e Z (Oliveira et al., 2012). A geração baby boomer – nascidos entre os anos 1940 à 1960 – tem como principais características: padrão de vida estável; preferência por qualidade e não quantidade; sabe o que quer; não é influenciado por terceiros. Já a geração X – nascidos entre os anos 60 até o começo da década de 80 se caracterizaram por ousarem menos na vida profissional e valorizando mais a estabilidade de cargos, salários e funções, permanecendo longos períodos na mesma empresa. Influenciados pelo início da globalização, a geração Y -nascidos entre os anos 80 à 2000, se caracterizam pela constante busca por conhecimento e aprendizagem. Foram os primeiros a utilizar a internet. A geração Y não valoriza tanto a hierarquia, e acredita que o trabalho em conjunto oferece grandes resultados. São ansiosos e querem conquistar reconhecimento e subir de cargo de forma rápida. Se a geração Y tinha ânsias e aprendia bem rápido, a geração Z – nascidos entre 1990 à 2010 são os que começarem a escrever após a existência da internet. Mais do que existir a rede através dos computadores, a conexão com as outras pessoas, se dá também de forma móvel com os smartfones. Essa geração é extremamente antenada, conectada, e atenta as consequências do capitalismo selvagem como sustentabilidade e responsabilidade social. Entender as gerações é importante para que possamos superar barreiras e construir pontes, e para tal, é imprescindível lembrar que cada ser humano é uma única existência e temos escolhas a serem feitas a partir da realidade que nos cerca. Já diriam os filósofos Heiddeger e Sartre (sou fenomenóloga existencial rs), estamos lançados ao mundo sem o controle de onde e como nascemos, porém, cabe a nós confrontar essa facticidade e vivermos uma vida menos restrita, com mais possibilidade. Essa é a alegria do encontro, seja de gerações, seja entre psicóloga e cliente, seja entre amigos ou entre desconhecidos. Referência bibliográfica Maia De Oliveira, R. M., Gomes, F., Santos, J., Gonçalves De Almeida, R., Vieira Gomes, J., & Regiane DeJesus, A. (2012). Psicologia do desenvolvimento e o conflito das gerações yez. In IV Congreso Internacional de Investigación y Práctica Profesional en Psicología XIX Jornadas de Investigación VIII Encuentro de Investigadores en Psicología del MERCOSUR. Facultad de Psicología-Universidad de Buenos Aires. Disponível em https://www.aacademica.org/000-072/395. Acesso em 16 mai 2019.