O filme retrata a repercussão na vida de uma garota negra que presenciou o assassinato de seu amigo e primeiro amor, uma garoto negro de apenas 16 anos, cometido por um policial branco em uma abordagem de rotina. Toda a comunidade é afetada e o filme mostra com sensibilidade ímpar o que esse crime bárbaro faz com cada um dos envolvidos. Mesmo àqueles que não o conheciam pessoalmente, porém se sentem afetados. Esse é o ponto de atenção que trago aqui: parece que não há como não ser afetado de alguma maneira por um fato desses. Somos seres com relação no mundo, conosco mesmo e com os outros, e seguindo essa lógica, tudo nos afeta, certo? Então porque algumas pessoas não se sensibilizam com o número de mortes de jovens negros semelhante ao de países em guerra, com o fato de o Brasil ser o país que mais mata população LGBT e o 5 país que mais mata mulheres?! O rapper Tupac explica esse fenômeno do Thug life nesse filme: o ódio que semeamos atinge todo mundo e esse ciclo não acaba. O ódio não atinge somente quem morre, mas quem mata também. O filme inspira porque nos faz pensar em que acreditamos. Sou ativista porque eu acredito. Acredito que mesmo com todo racismo, misognia e lgbtfobia, em algumas situações, o lado certo das histórias vencem. Ainda assim é difícil conviver com injustiças: vidas sendo dizimadas por serem quem são. Alguns tem o privilégio de viver, outros sobreviver, mas tanto um lado quanto o outro é atingido por esse ódio. O filme faz um convite para, de alguma forma, cessarmos esse ciclo e seguir acreditando que a felicidade, a autenticidade e a militância incomodam mais que o ódio, sendo novas possibilidades de estarmos no mundo. E você, já pensou no ódio que semeia? Recomendo muito o filme!
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