Quando é hora de partir: como encerrar ciclos e seguir em frente
Encerrar ciclos é um dos atos mais difíceis e, ao mesmo tempo, mais libertadores da vida. Seja um relacionamento, um ambiente de trabalho ou uma amizade, reconhecer o momento de partir exige coragem e autoconhecimento. Muitas vezes, insistimos em situações que já não fazem sentido por medo da mudança ou da incerteza sobre o futuro. O primeiro passo para fechar um ciclo é identificar os sinais de que ele já não contribui para o seu crescimento. Sensação de exaustão emocional, falta de reciprocidade ou um ambiente que drena sua energia são indícios de que algo precisa mudar. Embora despedidas sejam difíceis, permanecer em algo que nos faz mal pode ser ainda mais prejudicial. A transição pode ser menos dolorosa quando encarada como um recomeço, e não como uma perda. Reescrever a própria história permite que novas oportunidades surjam, trazendo mais alinhamento com seus valores e objetivos. Criar rituais de despedida, como escrever uma carta para si mesma ou conversar abertamente sobre seus sentimentos, ajuda a processar a mudança com mais leveza. Fechar um ciclo não significa esquecer o que foi vivido, mas sim honrar a sua história e seguir adiante com mais consciência e liberdade. O crescimento acontece quando abrimos espaço para o novo e nos permitimos viver experiências que realmente nos fazem bem.
A arte de estar bem sozinha: como gostar da sua própria companhia
Estar sozinha não precisa ser sinônimo de solidão. Pelo contrário, a relação que temos com nós mesmas pode ser uma das mais enriquecedoras da vida. Aprender a desfrutar da própria companhia é um ato de autoconhecimento e fortalecimento emocional, permitindo que a solidão deixe de ser um fardo para se tornar um momento de conexão interna. Para muitas pessoas, o desafio está em quebrar o hábito de buscar distrações constantes. Se preencher de compromissos ou se apoiar exclusivamente em relações externas pode criar a ilusão de bem-estar. No entanto, aprender a se divertir e a encontrar prazer em momentos de solitude é libertador. Experimentar um novo hobby, viajar sozinha ou simplesmente apreciar um café sem pressa são formas de ressignificar o tempo consigo mesma. A autoconfiança cresce quando conseguimos estar bem sem a necessidade de validação externa. Reflexões, meditação e até a escrita ajudam a fortalecer o diálogo interno e a construir uma conexão mais positiva com quem realmente somos. Quando nos sentimos completas por conta própria, os vínculos que criamos com os outros também se tornam mais saudáveis e genuínos. Descobrir o prazer da própria companhia é um processo transformador. Quanto mais aprendemos a nos conhecer, mais fortalecemos nossa autoestima e autonomia, tornando-nos protagonistas da nossa própria felicidade.
Fortalecendo a mente: construindo resiliência para enfrentar os desafios da vida
A resiliência não é apenas uma característica inata; ela pode ser desenvolvida ao longo da vida. Construir uma mente resiliente significa aprender a se adaptar às dificuldades sem perder a própria essência. Para isso, é essencial entender que os desafios fazem parte da jornada e que cada experiência pode ensinar algo valioso. Uma das formas mais eficazes de fortalecer a resiliência é reformular pensamentos. Em vez de se perguntar “por que isso está acontecendo comigo?”, experimente perguntar “o que eu posso aprender com essa situação?”. Essa mudança de perspectiva ajuda a lidar melhor com frustrações e desafios, promovendo crescimento pessoal. O autocuidado também é um pilar da resiliência. Cuidar da mente e do corpo fortalece nossa capacidade de resposta às adversidades. Exercícios físicos, alimentação equilibrada e boas noites de sono são grandes aliados para manter a estabilidade emocional. Além disso, cultivar pensamentos positivos e evitar a autocrítica excessiva contribuem para um estado mental mais forte e equilibrado. A vida sempre apresentará desafios, mas a forma como lidamos com eles faz toda a diferença. Construir resiliência é um processo, e cada pequeno passo em direção ao fortalecimento emocional nos torna mais preparados para enfrentar qualquer situação.
Equilíbrio emocional: como cuidar da sua saúde mental em tempos desafiadores
Cuidar da saúde mental vai além de momentos de lazer ou descanso. Em tempos desafiadores, o estresse pode se acumular e afetar nosso bem-estar de forma silenciosa. Criar uma rotina que contemple pausas, exercícios físicos e momentos de autocuidado é essencial para manter o equilíbrio emocional. Pequenos hábitos, como respirar conscientemente e organizar as emoções por meio da escrita, ajudam a reduzir a sobrecarga. Além disso, buscar apoio psicológico é um passo fundamental. Muitas vezes, normalizamos sentimentos de exaustão e ansiedade sem perceber que precisamos de suporte. A terapia pode oferecer ferramentas para lidar com os desafios diários de forma mais leve e saudável. Outra estratégia eficaz é estabelecer limites, aprendendo a dizer “não” para o que nos sobrecarrega. Criar uma rede de apoio também faz toda a diferença. Compartilhar experiências com pessoas de confiança e cultivar relações que tragam segurança emocional ajudam a fortalecer a saúde mental. A solitude também pode ser uma aliada: momentos de introspecção e conexão consigo mesma proporcionam clareza e equilíbrio para enfrentar desafios. Lembre-se: cuidar da saúde mental é um processo contínuo. O autoconhecimento e a busca por práticas que promovam o bem-estar são fundamentais para atravessar momentos difíceis com mais resiliência.
MASCULINIDADE TÓXICA: Por que não uso essa terminologia?
Não estou negando que exista o machismo! Pelo contrário, estou propondo uma reflexão em um movimento da via de mão dupla. Como assim, Mari? Presta atenção que vou te explicar… A masculinidade da maneira como ela se posta hoje na sociedade, impacta não só as mulheres, mas também os homens. Eles são bombardeados por uma série de comportamentos estereotipados que ele deve seguir, do tipo: não pode se mostrar gentil e carinhoso, tem sempre que bancar o machão, resolver os seus problemas através de brigas físicas (com homens e mulheres). Inclusive,já existem estudos que apontam os prejuízos que esse comportamento pode trazer para os homens a Associação Norte Americana de Psicologia, estima que 80% dos homens americanos sofram de uma condição chamada alexitimia, que é uma desordem neurológica que afeta o processamento das emoções, isso pode acarretar uma série de doenças psicossomáticas, entre outras consequências. É preciso repensar os papéis, femininos e masculinos, para não cairmos nas armadilhas do machismo, que é um fenômeno social estrutural. Que atinge homens e mulheres de maneiras diferentes, causando muitos danos aos dois grupos, porém no caso das mulheres pode levar à m*rte, se pensarmos em violência. E no caso dos homens emocionalmente, gera violência. Como ele não tem como extravasar tudo que ele sente ou pensa, sem que a sua masculinidade seja questionada, ele acaba agindo/reagindo com violência.
No novo ano, como fugir das resoluções e mudar o que realmente é importante para você?
Dois mil e vinte e dois chegou, e para a maioria das pessoas o começo do ano significa a possibilidade de mudanças. Prosperar financeiramente, mudar um antigo hábito, aprender algo novo, passar mais tempo com a família… Seja qual for a mudança, uma coisa é fato: o início do ano desperta a reflexão sobre o que deu certo, o que deu errado e o que mudar em relação ao ano que passou. No entanto, para que as mudanças aconteçam de fato é importante juntar pontos de reflexão com pontos de ação. Afinal, não dá para viver só no campo das ideias, não é mesmo? É preciso botar as mudanças em prática. Por isso, nessa leitura, te convido a dar o primeiro passo rumo as resoluções de ano novo. O que é realmente importante para você? Quais são as suas prioridades? Pense, hoje, em como está a sua vida e como você gostaria que ela fosse. Quais são os seus problemas? Você está no (seu) caminho certo ou precisa alterar a rota? Me conta, o que você quer de verdade? Qual é aquele sonho que passa todos os dias pela sua cabeça? Cá entre nós, essa tarefa é bem mais simples do que parece. A gente sempre sabe o que precisa ser transformado. O que nos falta, na maioria das vezes, é coragem para assumir isso. É hora de colocar-se em primeiro lugar! Esqueça o que as pessoas vão achar ou falar. Pense: o que vale a pena mudar e que vai trazer um bem enorme para a sua vida? Responda e refaça essas perguntas sempre que possível, elas trarão a clareza necessária para transformar sua vida. Escolha seus objetivos! Em seguida, saia do mundo das ideias e dê o próximo passo, trabalhe em direção aos seus objetivos. Para facilitar, defina objetivos de curto, médio e longo prazo alinhados com a vida que você quer ter, esse será seu norte, o que faz teu coração vibrar. Coloquei abaixo um exemplo de como você pode fazer isso. Escreva em um papel os setores da sua vida (trabalho, relacionamento, saúde…) Elenque objetivos para cada um deles; Classifique cada um por ordem de prioridade; Revise toda a lista, filtrando o que realmente deveria estar ali e o que pode sair; Identifique quais são as ações que você precisa tomar para realizar cada uma das metas; Determine prazos para cada um dos itens; Comece a agir; Revise o que você está conseguindo realizar regularmente. Dica: opte por objetivos que mantenham os seus pés no chão. Considere ações possíveis dentro da sua situação atual para criar seu destino. Assim, você manterá seu foco para as ações diárias e ainda traz a sensação de que você está progredindo dentro de um cronograma possível.
Por que a autocompaixão é importante para todos nós
O que é a autocompaixão A compaixão e a autocompaixão se referem as mesmas emoções, porém, direcionadas a sujeitos diferentes, ou seja, se a primeira trata dos sentimentos de empatia e compreensão perante o sofrimento de outra pessoa, quando estes mesmos sentimentos são aplicados a si mesmo, trata-se da autocompaixão. Quando vemos uma pessoa querida passar por algum momento difícil, enfrentar algum desafio pessoal ou cometer falhas, normalmente agimos com carinho e não com punição. Nós reconhecemos que a imperfeição faz parte da experiência humana, o que em outras palavras significa exercer a compaixão. Entretanto, em nossa sociedade, aprendemos a exigir muito de nós mesmos, na maioria das vezes, em busca da perfeição ou de grandes resultados. Dessa forma, a autocrítica parece ser o caminho para o sucesso. Mas, a autocrítica exagerada pode levar à baixa autoestima, depressão, ansiedade etc. Por que a autocompaixão é importante? Na autoavaliação, um erro é apenas algo que deve ser corrigido e superado. Na autocrítica, um erro torna-se sinal de fracasso e, ao sentir que falhamos, somos tomados pelo sentimento de culpa. Quando não cultivamos a autocompaixão, somos muito duros e rígidos conosco, temos dificuldade em aceitar nossos erros e nos culpamos por eles. Nos cobramos para sermos perfeitos, e nos desapontamos com as expectativas altas que criamos. Nos julgamos pelos nossos pensamentos e emoções não prazerosos, e no punimos. Você percebe que essa quantidade de carga mental negativa pode afetar a sua saúde mental? Portanto, reverter essa situação e cultivar a autocompaixão possibilita uma série de benefícios, como: redução dos sintomas de estresse e depressão aumento da liberação do hormônio de ocitocina no corpo, responsável pelas emoções prazerosas diminuição da autocrítica e da sensação de isolamento aumento da conexão entre as pessoas aumento de comportamentos pró-sociais, como a compaixão e a empatia. Como desenvolver a autocompaixão? A habilidade de ser (auto)compassivo pode ser treinada. A autocompaixão pode ser desenvolvida através de uma variedade de exercícios, bem como através da psicoterapia. Um desses exercícios é você olhar para a sua autocrítica como uma crítica dirigida a um amigo. Se as palavras são muito duras para alguém que você gosta, então provavelmente também o são para si. De uma forma geral, tendemos a aceitar melhor as falhas dos outros do que as nossas próprias. Por isso, quando reconstruímos as críticas e aprendemos a aceitar as nossas imperfeições, aumentamos a autocompaixão.
Transtorno de Ansiedade: fique atenta para descobrir se você tem
Antes de mais nada, é importante entender que a ansiedade por si só não é algo negativo! Cá entre nós, ter um pouco de ansiedade no dia a dia é normal. Ok? Por exemplo, nada mais normal que sentir ansiedade antes de um evento importante ou antes de um encontro com uma pessoa que você nunca viu. Visto que a ansiedade está intimamente ligada aos sentimentos de preocupação, nervosismo e medo intenso. Ou seja, uma pessoa pode se sentir ansiosa quando acredita que existe algum um risco futuro ou uma ameaça. Mas, apesar de ser uma reação natural do corpo, a ansiedade pode virar um distúrbio quando passa a atrapalhar o dia a dia, e infelizmente essa é uma situação mais comum do que se imagina. Veja só, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 264 milhões de pessoas sofrem de algum transtorno de ansiedade ao redor do mundo! Entretanto, o que precisa ficar claro é a principal diferença da ansiedade normal para o transtorno de ansiedade, este último sim, causa prejuízos na vida de quem sofre! Transtorno de Ansiedade O Transtorno de Ansiedade é a preocupação excessiva combinado com o estresse recorrente, por serem excessivos ou persistirem por um longo período acabam afetando a rotina. Embora haja diversos tipos de transtornos de ansiedade, é possível encontrar um padrão entre eles. Para que você entenda melhor, separei alguns dos sintomas mais comuns de um transtorno de ansiedade: Fala acelerada Respiração ofegante e falta de ar Sensação de tremor e vontade de roer as unhas Agitação de pernas e braços Tensão muscular Irritabilidade Enxaquecas Boca seca e hipersensibilidade de paladar Insônia Preocupação excessiva Dificuldade de concentração Medo constante Sensação de que vai perder o controle ou que algo ruim vai acontecer Desequilíbrio dos pensamentos Sensação de ser um observador externo da própria vida (despersonalização) Sentir-se desconectado de seus ambientes (desrealização) Se você quer saber se sofre de de Ansiedade ou de Transtorno de Ansiedade Generalizada, fique atento a esses sintomas e ao período de duração de cada um deles, caso passem a atrapalhar seu dia a dia, procure por ajuda.
Nenhum psicólogo vai resolver os seus problemas, apenas você.
O Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo! São mais de 18 milhões de pessoas que sofrem de transtorno de ansiedade, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Além disso, a pandemia da Covid-19 também afetou a saúde emocional e mental dos brasileiros e por consequência, a procura por atendimentos psicológicos cresceu. A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) calcula que a demanda aumentou 82% em consultórios particulares de todo o país. Por que buscar ajuda na psicologia? A psicologia é a ciência que irá buscar a compreensão sobre como o ser humano cria a suas próprias narrativas. Sendo assim, o psicólogo identifica traumas, medos e receios que podem acarretar uma vida frustrada. O papel do psicólogo é conduzir a pessoa para à autodescoberta, à compreensão sobre as suas dificuldades e a forma com que se relaciona com o seu “mundo interior” e exterior. Para isso, ele aplica métodos científicos, a fim de compreender a psiquê humana e atuar no tratamento e prevenção de doenças mentais e melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Ele vai acolher e ouvir, sem julgamento, o sofrimento e a queixa trazida, trabalhando o que está por trás deles, conduzindo a pessoa em um processo de aceitação e mudança. Isso acaba diminuindo a dor e o sofrimento da pessoa. Ouvir o paciente ajuda a fortalecer a sua autoestima, conexão com o mundo e a achar sua força interior, diminuindo as defesas que lhe afastam da realidade. Conduzir no entendimento das emoções, ajuda para que o paciente as identifique mais facilmente, fortalecendo seus recursos psíquicos para lidar com as angústias da vida. Entretanto, um passo importante na busca por ajuda profissional, é estar disposto a encarar os incômodos que irão surgir dessa escolha. Muitas vezes, ignorar as emoções pode parecer melhor do que de fato entendê-las, interpretá-las e resolvê-las, portanto, manter a vontade de passar pelos desafios e incômodos para encontrar uma vida mais satisfatória é de suma importância nessa jornada.
Por que jovens negros tem mais chance a depressão
Você sabia que o Brasil ocupa o topo do ranking no número de casos de depressão na América Latina? Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 12 milhões de pessoas são afetadas pela doença no país! Inclusive, na faixa etária de 10 a 29 anos, o número dos casos de transtornos mentais também é preocupante, especialmente entre jovens negros, que chegam a ter 45% mais chances de desenvolver depressão que um jovem branco. Por isso, precisamos urgentemente olhar para a saúde mental dos jovens negros! Um ponto de partida para entender esse cenário é falar sobre raça, esse tema nos ajuda a entender como pretos e brancos são percebidos no Brasil, e consequentemente, as diferenças nas maneiras em que são tratados. Existe no Brasil um imaginário racial que, infelizmente, inferioriza pessoas negras, criado desde o período da escravidão, com a desumanização do povo africano os transformando em escravo, acompanhado de uma ideologia de dominação racial que valoriza a cultura de sociedades brancas e desvaloriza a herança das culturas de origem africana. Entretanto, além da escravização, temos as políticas de miscigenação e branqueamento, mortalidade infantil, encarceramento em massa, subemprego, desemprego e miséria, que são algumas das expressões do racismo atual na nossa sociedade. Infelizmente, o racismo está presente desde a infância até a vida adulta da população negra, e podemos ver o impacto devastador disso, através de sentimentos de inferioridade, baixa autoestima, sentimentos de vergonha, culpa, medo, angústia, ansiedade, insegurança, inadequação, autocobrança excessiva, rigidez… Para inverter este quadro precisamos combinar uma série de fatores, como por exemplo, políticas públicas de combate e a valorização dos movimentos sociais. É possível e preciso sentir prazer e orgulho de ser quem se é, cultivando amor interior e atuando coletivamente para podermos curar as sequelas do racismo.