Por que sinto culpa quando descanso? Entenda esse sentimento e como superá-lo
Descansar deveria ser algo natural, mas para muitas pessoas, ele vem acompanhado de culpa. Em uma sociedade que valoriza a produtividade acima de tudo, parar para recarregar as energias pode ser interpretado como preguiça ou desperdício de tempo. Mas de onde vem essa sensação de culpa – e como podemos superá-la? O primeiro ponto é entender que a cultura do trabalho excessivo está enraizada na nossa mentalidade. Desde cedo, aprendemos que só somos valorizados quando estamos produzindo, e isso faz com que o descanso seja visto como um privilégio, e não como uma necessidade. No entanto, ignorar os sinais de exaustão pode levar a consequências graves, como ansiedade, esgotamento e até problemas físicos. Outro fator que reforça essa culpa é a comparação. Se vemos outras pessoas sempre ocupadas, trabalhando até tarde ou acumulando conquistas, sentimos que deveríamos estar fazendo o mesmo. Mas o que não percebemos é que essa lógica só gera desgaste e uma cobrança infinita, sem espaço para o bem-estar. Superar essa culpa passa por reprogramar a forma como enxergamos o descanso. Ele não é perda de tempo – é um investimento na sua saúde e na sua capacidade de continuar. Criar momentos intencionais de pausa e estabelecer limites claros entre trabalho e vida pessoal são formas de normalizar o autocuidado. Se o descanso te causa culpa, talvez seja hora de repensar o que realmente significa sucesso. Trabalhar duro tem seu valor, mas cuidar da própria energia é o que permite que você continue crescendo. Afinal, de que adianta conquistar tudo se, no caminho, você perde a si mesma?
O impacto da comparação na sua autoestima e como parar esse ciclo
A comparação pode ser um dos maiores inimigos da autoestima. Em um mundo onde redes sociais exibem apenas recortes idealizados da vida de outras pessoas, é fácil sentir que estamos sempre atrás, que nunca fazemos o suficiente ou que não somos bons o bastante. Esse ciclo de comparação não só distorce a realidade, mas também mina a confiança e cria uma insatisfação constante. O problema é que, ao nos compararmos, estamos olhando para trajetórias completamente diferentes da nossa. Cada pessoa tem uma história, desafios e privilégios distintos. Quando nos medimos com base nos resultados dos outros, ignoramos nossos próprios esforços e desvalorizamos conquistas que deveriam ser celebradas. Para interromper esse ciclo, é essencial construir consciência sobre quando e como a comparação acontece. Redes sociais são gatilhos comuns – limitar o tempo de uso ou seguir perfis que inspiram ao invés de gerar pressão pode ser um primeiro passo. Além disso, praticar a gratidão e o reconhecimento das próprias vitórias, por menores que pareçam, ajuda a redirecionar o foco para o que realmente importa. Outro ponto fundamental é entender que o sucesso não tem um único formato. O que funciona para outra pessoa pode não fazer sentido para você, e tudo bem. Desenvolver uma relação mais saudável com suas expectativas e respeitar seu próprio ritmo faz toda a diferença. O caminho para fortalecer a autoestima começa quando paramos de medir nosso valor pelo progresso dos outros. Substituir a comparação pela autovalorização é um exercício diário, mas necessário para viver com mais leveza e autenticidade.
Fortalecendo a mente: construindo resiliência para enfrentar os desafios da vida
A resiliência não é apenas uma característica inata; ela pode ser desenvolvida ao longo da vida. Construir uma mente resiliente significa aprender a se adaptar às dificuldades sem perder a própria essência. Para isso, é essencial entender que os desafios fazem parte da jornada e que cada experiência pode ensinar algo valioso. Uma das formas mais eficazes de fortalecer a resiliência é reformular pensamentos. Em vez de se perguntar “por que isso está acontecendo comigo?”, experimente perguntar “o que eu posso aprender com essa situação?”. Essa mudança de perspectiva ajuda a lidar melhor com frustrações e desafios, promovendo crescimento pessoal. O autocuidado também é um pilar da resiliência. Cuidar da mente e do corpo fortalece nossa capacidade de resposta às adversidades. Exercícios físicos, alimentação equilibrada e boas noites de sono são grandes aliados para manter a estabilidade emocional. Além disso, cultivar pensamentos positivos e evitar a autocrítica excessiva contribuem para um estado mental mais forte e equilibrado. A vida sempre apresentará desafios, mas a forma como lidamos com eles faz toda a diferença. Construir resiliência é um processo, e cada pequeno passo em direção ao fortalecimento emocional nos torna mais preparados para enfrentar qualquer situação.
Equilíbrio emocional: como cuidar da sua saúde mental em tempos desafiadores
Cuidar da saúde mental vai além de momentos de lazer ou descanso. Em tempos desafiadores, o estresse pode se acumular e afetar nosso bem-estar de forma silenciosa. Criar uma rotina que contemple pausas, exercícios físicos e momentos de autocuidado é essencial para manter o equilíbrio emocional. Pequenos hábitos, como respirar conscientemente e organizar as emoções por meio da escrita, ajudam a reduzir a sobrecarga. Além disso, buscar apoio psicológico é um passo fundamental. Muitas vezes, normalizamos sentimentos de exaustão e ansiedade sem perceber que precisamos de suporte. A terapia pode oferecer ferramentas para lidar com os desafios diários de forma mais leve e saudável. Outra estratégia eficaz é estabelecer limites, aprendendo a dizer “não” para o que nos sobrecarrega. Criar uma rede de apoio também faz toda a diferença. Compartilhar experiências com pessoas de confiança e cultivar relações que tragam segurança emocional ajudam a fortalecer a saúde mental. A solitude também pode ser uma aliada: momentos de introspecção e conexão consigo mesma proporcionam clareza e equilíbrio para enfrentar desafios. Lembre-se: cuidar da saúde mental é um processo contínuo. O autoconhecimento e a busca por práticas que promovam o bem-estar são fundamentais para atravessar momentos difíceis com mais resiliência.
Como montar suas prioridades em 2022, começando por você…
É comum as pessoas se queixarem por estarem caminhando em círculos dentro da própria vida, ou que estão se esforçando muito e não estão chegando em lugar algum. Dentro desse cenário de frustração, vale um questionamento: o quanto essas pessoas estão se planejamento para alcançarem a vida que desejam? Falo isso, porque uma causa comum para esse tipo de frustração é que a maioria das pessoas não direciona sua energia em um foco específico e por isso, acabam se se sentindo decepcionadas por não verem sua vida avançar. Tenho certeza de que você não quer que isso aconteça com você, certo? Sendo assim, se nesse novo ano você quer mudar de alguma forma sua vida, seja ter mais qualidade de tempo, avançar na carreira ou ter prosperidade financeira, uma coisa é fato, você precisa ter um bom plano! E aí, já parou para pensar por onde começar? A palavra é: planejamento pessoal! Ter um planejamento pessoal vai te ajudar a definir suas metas e objetivos para 2022, além de te ajudar a direcionar suas ações rumo a realização. É importante que nesse planejamento, tenha prazos e recursos para concretização de cada objetivo. Assim, você não terá espaço para distração e conseguirá manter o foco com mais facilidade. Quando apenas deixamos que as coisas aconteçam, sem planejar, corremos o risco de tomarmos decisões ruins e que, muitas vezes, podem nos prejudicar. O ideal é que você seja cada vez mais objetivo em relação aos seus desejos, pois assim, seus sonhos ganharão clareza dentro da sua mente e você se sentirá mais confiante em suas realizações. 5 dicas para priorizar o que é importante para você. Para começar a construir um planejamento pessoal, uma boa dica é responder algumas perguntas-chaves, por exemplo:– como, quando, por que (propósito), onde e com quem você vai realizar tal meta? Depois de ter feito isso, você conseguirá visualizar cada meta com mais clareza e abaixo, deixo 5 dicas para que você se mantenha no caminho das suas realizações. Defina suas metas – As metas são o seu norte! Lembre dos motivos pelos quais decidiu lutar por elas. Com certeza, se elas são as primeiras coisas que vem à sua cabeça, elas são importantes! Seja pé no chão – Ao definir seus objetivos seja sempre o mais verdadeiro possível. Sonhe com os pés no chão e trabalhe dentro das possibilidades reais. Do contrário, na primeira dificuldade você desistirá. Cuidado com seus pontos fracos – Para realizarmos qualquer coisa na vida precisamos conhecer quais são os desafios que podem nos impedir de realizar nossos sonhos. Por isso, faça uma auto-observação, identifique os pensamentos e comportamentos que podem te prejudicar durante o processo. Tenha foco – Se você realmente quer chegar a algum lugar precisa manter-se no caminho certo. Seu objetivo depende diretamente do seu comprometimento. Lembre-se disso e não deixe que sentimentos de dúvida, medo e ansiedade te sabotem. Motive-se – Do mesmo modo que é preciso focar, é preciso se motivar todos os dias. Manter-se conectado aos motivos pelos quais você quer atingir suas metas. Por isso, pensar em recompensas no dia a dia por fazer escolhas rumo aos seus objetivos te ajudará a ser sentir presenteado por estar no caminho certo. No mais, se você se organiza e acredita, pode e vai realizar todos os seus objetivos. Siga em frente!
No novo ano, como fugir das resoluções e mudar o que realmente é importante para você?
Dois mil e vinte e dois chegou, e para a maioria das pessoas o começo do ano significa a possibilidade de mudanças. Prosperar financeiramente, mudar um antigo hábito, aprender algo novo, passar mais tempo com a família… Seja qual for a mudança, uma coisa é fato: o início do ano desperta a reflexão sobre o que deu certo, o que deu errado e o que mudar em relação ao ano que passou. No entanto, para que as mudanças aconteçam de fato é importante juntar pontos de reflexão com pontos de ação. Afinal, não dá para viver só no campo das ideias, não é mesmo? É preciso botar as mudanças em prática. Por isso, nessa leitura, te convido a dar o primeiro passo rumo as resoluções de ano novo. O que é realmente importante para você? Quais são as suas prioridades? Pense, hoje, em como está a sua vida e como você gostaria que ela fosse. Quais são os seus problemas? Você está no (seu) caminho certo ou precisa alterar a rota? Me conta, o que você quer de verdade? Qual é aquele sonho que passa todos os dias pela sua cabeça? Cá entre nós, essa tarefa é bem mais simples do que parece. A gente sempre sabe o que precisa ser transformado. O que nos falta, na maioria das vezes, é coragem para assumir isso. É hora de colocar-se em primeiro lugar! Esqueça o que as pessoas vão achar ou falar. Pense: o que vale a pena mudar e que vai trazer um bem enorme para a sua vida? Responda e refaça essas perguntas sempre que possível, elas trarão a clareza necessária para transformar sua vida. Escolha seus objetivos! Em seguida, saia do mundo das ideias e dê o próximo passo, trabalhe em direção aos seus objetivos. Para facilitar, defina objetivos de curto, médio e longo prazo alinhados com a vida que você quer ter, esse será seu norte, o que faz teu coração vibrar. Coloquei abaixo um exemplo de como você pode fazer isso. Escreva em um papel os setores da sua vida (trabalho, relacionamento, saúde…) Elenque objetivos para cada um deles; Classifique cada um por ordem de prioridade; Revise toda a lista, filtrando o que realmente deveria estar ali e o que pode sair; Identifique quais são as ações que você precisa tomar para realizar cada uma das metas; Determine prazos para cada um dos itens; Comece a agir; Revise o que você está conseguindo realizar regularmente. Dica: opte por objetivos que mantenham os seus pés no chão. Considere ações possíveis dentro da sua situação atual para criar seu destino. Assim, você manterá seu foco para as ações diárias e ainda traz a sensação de que você está progredindo dentro de um cronograma possível.
Por que a autocompaixão é importante para todos nós
O que é a autocompaixão A compaixão e a autocompaixão se referem as mesmas emoções, porém, direcionadas a sujeitos diferentes, ou seja, se a primeira trata dos sentimentos de empatia e compreensão perante o sofrimento de outra pessoa, quando estes mesmos sentimentos são aplicados a si mesmo, trata-se da autocompaixão. Quando vemos uma pessoa querida passar por algum momento difícil, enfrentar algum desafio pessoal ou cometer falhas, normalmente agimos com carinho e não com punição. Nós reconhecemos que a imperfeição faz parte da experiência humana, o que em outras palavras significa exercer a compaixão. Entretanto, em nossa sociedade, aprendemos a exigir muito de nós mesmos, na maioria das vezes, em busca da perfeição ou de grandes resultados. Dessa forma, a autocrítica parece ser o caminho para o sucesso. Mas, a autocrítica exagerada pode levar à baixa autoestima, depressão, ansiedade etc. Por que a autocompaixão é importante? Na autoavaliação, um erro é apenas algo que deve ser corrigido e superado. Na autocrítica, um erro torna-se sinal de fracasso e, ao sentir que falhamos, somos tomados pelo sentimento de culpa. Quando não cultivamos a autocompaixão, somos muito duros e rígidos conosco, temos dificuldade em aceitar nossos erros e nos culpamos por eles. Nos cobramos para sermos perfeitos, e nos desapontamos com as expectativas altas que criamos. Nos julgamos pelos nossos pensamentos e emoções não prazerosos, e no punimos. Você percebe que essa quantidade de carga mental negativa pode afetar a sua saúde mental? Portanto, reverter essa situação e cultivar a autocompaixão possibilita uma série de benefícios, como: redução dos sintomas de estresse e depressão aumento da liberação do hormônio de ocitocina no corpo, responsável pelas emoções prazerosas diminuição da autocrítica e da sensação de isolamento aumento da conexão entre as pessoas aumento de comportamentos pró-sociais, como a compaixão e a empatia. Como desenvolver a autocompaixão? A habilidade de ser (auto)compassivo pode ser treinada. A autocompaixão pode ser desenvolvida através de uma variedade de exercícios, bem como através da psicoterapia. Um desses exercícios é você olhar para a sua autocrítica como uma crítica dirigida a um amigo. Se as palavras são muito duras para alguém que você gosta, então provavelmente também o são para si. De uma forma geral, tendemos a aceitar melhor as falhas dos outros do que as nossas próprias. Por isso, quando reconstruímos as críticas e aprendemos a aceitar as nossas imperfeições, aumentamos a autocompaixão.
Transtorno de Ansiedade: fique atenta para descobrir se você tem
Antes de mais nada, é importante entender que a ansiedade por si só não é algo negativo! Cá entre nós, ter um pouco de ansiedade no dia a dia é normal. Ok? Por exemplo, nada mais normal que sentir ansiedade antes de um evento importante ou antes de um encontro com uma pessoa que você nunca viu. Visto que a ansiedade está intimamente ligada aos sentimentos de preocupação, nervosismo e medo intenso. Ou seja, uma pessoa pode se sentir ansiosa quando acredita que existe algum um risco futuro ou uma ameaça. Mas, apesar de ser uma reação natural do corpo, a ansiedade pode virar um distúrbio quando passa a atrapalhar o dia a dia, e infelizmente essa é uma situação mais comum do que se imagina. Veja só, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 264 milhões de pessoas sofrem de algum transtorno de ansiedade ao redor do mundo! Entretanto, o que precisa ficar claro é a principal diferença da ansiedade normal para o transtorno de ansiedade, este último sim, causa prejuízos na vida de quem sofre! Transtorno de Ansiedade O Transtorno de Ansiedade é a preocupação excessiva combinado com o estresse recorrente, por serem excessivos ou persistirem por um longo período acabam afetando a rotina. Embora haja diversos tipos de transtornos de ansiedade, é possível encontrar um padrão entre eles. Para que você entenda melhor, separei alguns dos sintomas mais comuns de um transtorno de ansiedade: Fala acelerada Respiração ofegante e falta de ar Sensação de tremor e vontade de roer as unhas Agitação de pernas e braços Tensão muscular Irritabilidade Enxaquecas Boca seca e hipersensibilidade de paladar Insônia Preocupação excessiva Dificuldade de concentração Medo constante Sensação de que vai perder o controle ou que algo ruim vai acontecer Desequilíbrio dos pensamentos Sensação de ser um observador externo da própria vida (despersonalização) Sentir-se desconectado de seus ambientes (desrealização) Se você quer saber se sofre de de Ansiedade ou de Transtorno de Ansiedade Generalizada, fique atento a esses sintomas e ao período de duração de cada um deles, caso passem a atrapalhar seu dia a dia, procure por ajuda.
Nenhum psicólogo vai resolver os seus problemas, apenas você.
O Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo! São mais de 18 milhões de pessoas que sofrem de transtorno de ansiedade, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Além disso, a pandemia da Covid-19 também afetou a saúde emocional e mental dos brasileiros e por consequência, a procura por atendimentos psicológicos cresceu. A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) calcula que a demanda aumentou 82% em consultórios particulares de todo o país. Por que buscar ajuda na psicologia? A psicologia é a ciência que irá buscar a compreensão sobre como o ser humano cria a suas próprias narrativas. Sendo assim, o psicólogo identifica traumas, medos e receios que podem acarretar uma vida frustrada. O papel do psicólogo é conduzir a pessoa para à autodescoberta, à compreensão sobre as suas dificuldades e a forma com que se relaciona com o seu “mundo interior” e exterior. Para isso, ele aplica métodos científicos, a fim de compreender a psiquê humana e atuar no tratamento e prevenção de doenças mentais e melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Ele vai acolher e ouvir, sem julgamento, o sofrimento e a queixa trazida, trabalhando o que está por trás deles, conduzindo a pessoa em um processo de aceitação e mudança. Isso acaba diminuindo a dor e o sofrimento da pessoa. Ouvir o paciente ajuda a fortalecer a sua autoestima, conexão com o mundo e a achar sua força interior, diminuindo as defesas que lhe afastam da realidade. Conduzir no entendimento das emoções, ajuda para que o paciente as identifique mais facilmente, fortalecendo seus recursos psíquicos para lidar com as angústias da vida. Entretanto, um passo importante na busca por ajuda profissional, é estar disposto a encarar os incômodos que irão surgir dessa escolha. Muitas vezes, ignorar as emoções pode parecer melhor do que de fato entendê-las, interpretá-las e resolvê-las, portanto, manter a vontade de passar pelos desafios e incômodos para encontrar uma vida mais satisfatória é de suma importância nessa jornada.
Por que jovens negros tem mais chance a depressão
Você sabia que o Brasil ocupa o topo do ranking no número de casos de depressão na América Latina? Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 12 milhões de pessoas são afetadas pela doença no país! Inclusive, na faixa etária de 10 a 29 anos, o número dos casos de transtornos mentais também é preocupante, especialmente entre jovens negros, que chegam a ter 45% mais chances de desenvolver depressão que um jovem branco. Por isso, precisamos urgentemente olhar para a saúde mental dos jovens negros! Um ponto de partida para entender esse cenário é falar sobre raça, esse tema nos ajuda a entender como pretos e brancos são percebidos no Brasil, e consequentemente, as diferenças nas maneiras em que são tratados. Existe no Brasil um imaginário racial que, infelizmente, inferioriza pessoas negras, criado desde o período da escravidão, com a desumanização do povo africano os transformando em escravo, acompanhado de uma ideologia de dominação racial que valoriza a cultura de sociedades brancas e desvaloriza a herança das culturas de origem africana. Entretanto, além da escravização, temos as políticas de miscigenação e branqueamento, mortalidade infantil, encarceramento em massa, subemprego, desemprego e miséria, que são algumas das expressões do racismo atual na nossa sociedade. Infelizmente, o racismo está presente desde a infância até a vida adulta da população negra, e podemos ver o impacto devastador disso, através de sentimentos de inferioridade, baixa autoestima, sentimentos de vergonha, culpa, medo, angústia, ansiedade, insegurança, inadequação, autocobrança excessiva, rigidez… Para inverter este quadro precisamos combinar uma série de fatores, como por exemplo, políticas públicas de combate e a valorização dos movimentos sociais. É possível e preciso sentir prazer e orgulho de ser quem se é, cultivando amor interior e atuando coletivamente para podermos curar as sequelas do racismo.