Como montar suas prioridades em 2022, começando por você…
É comum as pessoas se queixarem por estarem caminhando em círculos dentro da própria vida, ou que estão se esforçando muito e não estão chegando em lugar algum. Dentro desse cenário de frustração, vale um questionamento: o quanto essas pessoas estão se planejamento para alcançarem a vida que desejam? Falo isso, porque uma causa comum para esse tipo de frustração é que a maioria das pessoas não direciona sua energia em um foco específico e por isso, acabam se se sentindo decepcionadas por não verem sua vida avançar. Tenho certeza de que você não quer que isso aconteça com você, certo? Sendo assim, se nesse novo ano você quer mudar de alguma forma sua vida, seja ter mais qualidade de tempo, avançar na carreira ou ter prosperidade financeira, uma coisa é fato, você precisa ter um bom plano! E aí, já parou para pensar por onde começar? A palavra é: planejamento pessoal! Ter um planejamento pessoal vai te ajudar a definir suas metas e objetivos para 2022, além de te ajudar a direcionar suas ações rumo a realização. É importante que nesse planejamento, tenha prazos e recursos para concretização de cada objetivo. Assim, você não terá espaço para distração e conseguirá manter o foco com mais facilidade. Quando apenas deixamos que as coisas aconteçam, sem planejar, corremos o risco de tomarmos decisões ruins e que, muitas vezes, podem nos prejudicar. O ideal é que você seja cada vez mais objetivo em relação aos seus desejos, pois assim, seus sonhos ganharão clareza dentro da sua mente e você se sentirá mais confiante em suas realizações. 5 dicas para priorizar o que é importante para você. Para começar a construir um planejamento pessoal, uma boa dica é responder algumas perguntas-chaves, por exemplo:– como, quando, por que (propósito), onde e com quem você vai realizar tal meta? Depois de ter feito isso, você conseguirá visualizar cada meta com mais clareza e abaixo, deixo 5 dicas para que você se mantenha no caminho das suas realizações. Defina suas metas – As metas são o seu norte! Lembre dos motivos pelos quais decidiu lutar por elas. Com certeza, se elas são as primeiras coisas que vem à sua cabeça, elas são importantes! Seja pé no chão – Ao definir seus objetivos seja sempre o mais verdadeiro possível. Sonhe com os pés no chão e trabalhe dentro das possibilidades reais. Do contrário, na primeira dificuldade você desistirá. Cuidado com seus pontos fracos – Para realizarmos qualquer coisa na vida precisamos conhecer quais são os desafios que podem nos impedir de realizar nossos sonhos. Por isso, faça uma auto-observação, identifique os pensamentos e comportamentos que podem te prejudicar durante o processo. Tenha foco – Se você realmente quer chegar a algum lugar precisa manter-se no caminho certo. Seu objetivo depende diretamente do seu comprometimento. Lembre-se disso e não deixe que sentimentos de dúvida, medo e ansiedade te sabotem. Motive-se – Do mesmo modo que é preciso focar, é preciso se motivar todos os dias. Manter-se conectado aos motivos pelos quais você quer atingir suas metas. Por isso, pensar em recompensas no dia a dia por fazer escolhas rumo aos seus objetivos te ajudará a ser sentir presenteado por estar no caminho certo. No mais, se você se organiza e acredita, pode e vai realizar todos os seus objetivos. Siga em frente!
Por que a autocompaixão é importante para todos nós
O que é a autocompaixão A compaixão e a autocompaixão se referem as mesmas emoções, porém, direcionadas a sujeitos diferentes, ou seja, se a primeira trata dos sentimentos de empatia e compreensão perante o sofrimento de outra pessoa, quando estes mesmos sentimentos são aplicados a si mesmo, trata-se da autocompaixão. Quando vemos uma pessoa querida passar por algum momento difícil, enfrentar algum desafio pessoal ou cometer falhas, normalmente agimos com carinho e não com punição. Nós reconhecemos que a imperfeição faz parte da experiência humana, o que em outras palavras significa exercer a compaixão. Entretanto, em nossa sociedade, aprendemos a exigir muito de nós mesmos, na maioria das vezes, em busca da perfeição ou de grandes resultados. Dessa forma, a autocrítica parece ser o caminho para o sucesso. Mas, a autocrítica exagerada pode levar à baixa autoestima, depressão, ansiedade etc. Por que a autocompaixão é importante? Na autoavaliação, um erro é apenas algo que deve ser corrigido e superado. Na autocrítica, um erro torna-se sinal de fracasso e, ao sentir que falhamos, somos tomados pelo sentimento de culpa. Quando não cultivamos a autocompaixão, somos muito duros e rígidos conosco, temos dificuldade em aceitar nossos erros e nos culpamos por eles. Nos cobramos para sermos perfeitos, e nos desapontamos com as expectativas altas que criamos. Nos julgamos pelos nossos pensamentos e emoções não prazerosos, e no punimos. Você percebe que essa quantidade de carga mental negativa pode afetar a sua saúde mental? Portanto, reverter essa situação e cultivar a autocompaixão possibilita uma série de benefícios, como: redução dos sintomas de estresse e depressão aumento da liberação do hormônio de ocitocina no corpo, responsável pelas emoções prazerosas diminuição da autocrítica e da sensação de isolamento aumento da conexão entre as pessoas aumento de comportamentos pró-sociais, como a compaixão e a empatia. Como desenvolver a autocompaixão? A habilidade de ser (auto)compassivo pode ser treinada. A autocompaixão pode ser desenvolvida através de uma variedade de exercícios, bem como através da psicoterapia. Um desses exercícios é você olhar para a sua autocrítica como uma crítica dirigida a um amigo. Se as palavras são muito duras para alguém que você gosta, então provavelmente também o são para si. De uma forma geral, tendemos a aceitar melhor as falhas dos outros do que as nossas próprias. Por isso, quando reconstruímos as críticas e aprendemos a aceitar as nossas imperfeições, aumentamos a autocompaixão.
Transtorno de Ansiedade: fique atenta para descobrir se você tem
Antes de mais nada, é importante entender que a ansiedade por si só não é algo negativo! Cá entre nós, ter um pouco de ansiedade no dia a dia é normal. Ok? Por exemplo, nada mais normal que sentir ansiedade antes de um evento importante ou antes de um encontro com uma pessoa que você nunca viu. Visto que a ansiedade está intimamente ligada aos sentimentos de preocupação, nervosismo e medo intenso. Ou seja, uma pessoa pode se sentir ansiosa quando acredita que existe algum um risco futuro ou uma ameaça. Mas, apesar de ser uma reação natural do corpo, a ansiedade pode virar um distúrbio quando passa a atrapalhar o dia a dia, e infelizmente essa é uma situação mais comum do que se imagina. Veja só, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 264 milhões de pessoas sofrem de algum transtorno de ansiedade ao redor do mundo! Entretanto, o que precisa ficar claro é a principal diferença da ansiedade normal para o transtorno de ansiedade, este último sim, causa prejuízos na vida de quem sofre! Transtorno de Ansiedade O Transtorno de Ansiedade é a preocupação excessiva combinado com o estresse recorrente, por serem excessivos ou persistirem por um longo período acabam afetando a rotina. Embora haja diversos tipos de transtornos de ansiedade, é possível encontrar um padrão entre eles. Para que você entenda melhor, separei alguns dos sintomas mais comuns de um transtorno de ansiedade: Fala acelerada Respiração ofegante e falta de ar Sensação de tremor e vontade de roer as unhas Agitação de pernas e braços Tensão muscular Irritabilidade Enxaquecas Boca seca e hipersensibilidade de paladar Insônia Preocupação excessiva Dificuldade de concentração Medo constante Sensação de que vai perder o controle ou que algo ruim vai acontecer Desequilíbrio dos pensamentos Sensação de ser um observador externo da própria vida (despersonalização) Sentir-se desconectado de seus ambientes (desrealização) Se você quer saber se sofre de de Ansiedade ou de Transtorno de Ansiedade Generalizada, fique atento a esses sintomas e ao período de duração de cada um deles, caso passem a atrapalhar seu dia a dia, procure por ajuda.
Nenhum psicólogo vai resolver os seus problemas, apenas você.
O Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo! São mais de 18 milhões de pessoas que sofrem de transtorno de ansiedade, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Além disso, a pandemia da Covid-19 também afetou a saúde emocional e mental dos brasileiros e por consequência, a procura por atendimentos psicológicos cresceu. A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) calcula que a demanda aumentou 82% em consultórios particulares de todo o país. Por que buscar ajuda na psicologia? A psicologia é a ciência que irá buscar a compreensão sobre como o ser humano cria a suas próprias narrativas. Sendo assim, o psicólogo identifica traumas, medos e receios que podem acarretar uma vida frustrada. O papel do psicólogo é conduzir a pessoa para à autodescoberta, à compreensão sobre as suas dificuldades e a forma com que se relaciona com o seu “mundo interior” e exterior. Para isso, ele aplica métodos científicos, a fim de compreender a psiquê humana e atuar no tratamento e prevenção de doenças mentais e melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Ele vai acolher e ouvir, sem julgamento, o sofrimento e a queixa trazida, trabalhando o que está por trás deles, conduzindo a pessoa em um processo de aceitação e mudança. Isso acaba diminuindo a dor e o sofrimento da pessoa. Ouvir o paciente ajuda a fortalecer a sua autoestima, conexão com o mundo e a achar sua força interior, diminuindo as defesas que lhe afastam da realidade. Conduzir no entendimento das emoções, ajuda para que o paciente as identifique mais facilmente, fortalecendo seus recursos psíquicos para lidar com as angústias da vida. Entretanto, um passo importante na busca por ajuda profissional, é estar disposto a encarar os incômodos que irão surgir dessa escolha. Muitas vezes, ignorar as emoções pode parecer melhor do que de fato entendê-las, interpretá-las e resolvê-las, portanto, manter a vontade de passar pelos desafios e incômodos para encontrar uma vida mais satisfatória é de suma importância nessa jornada.
Por que jovens negros tem mais chance a depressão
Você sabia que o Brasil ocupa o topo do ranking no número de casos de depressão na América Latina? Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 12 milhões de pessoas são afetadas pela doença no país! Inclusive, na faixa etária de 10 a 29 anos, o número dos casos de transtornos mentais também é preocupante, especialmente entre jovens negros, que chegam a ter 45% mais chances de desenvolver depressão que um jovem branco. Por isso, precisamos urgentemente olhar para a saúde mental dos jovens negros! Um ponto de partida para entender esse cenário é falar sobre raça, esse tema nos ajuda a entender como pretos e brancos são percebidos no Brasil, e consequentemente, as diferenças nas maneiras em que são tratados. Existe no Brasil um imaginário racial que, infelizmente, inferioriza pessoas negras, criado desde o período da escravidão, com a desumanização do povo africano os transformando em escravo, acompanhado de uma ideologia de dominação racial que valoriza a cultura de sociedades brancas e desvaloriza a herança das culturas de origem africana. Entretanto, além da escravização, temos as políticas de miscigenação e branqueamento, mortalidade infantil, encarceramento em massa, subemprego, desemprego e miséria, que são algumas das expressões do racismo atual na nossa sociedade. Infelizmente, o racismo está presente desde a infância até a vida adulta da população negra, e podemos ver o impacto devastador disso, através de sentimentos de inferioridade, baixa autoestima, sentimentos de vergonha, culpa, medo, angústia, ansiedade, insegurança, inadequação, autocobrança excessiva, rigidez… Para inverter este quadro precisamos combinar uma série de fatores, como por exemplo, políticas públicas de combate e a valorização dos movimentos sociais. É possível e preciso sentir prazer e orgulho de ser quem se é, cultivando amor interior e atuando coletivamente para podermos curar as sequelas do racismo.
Saúde mental e maternidade: como se manter com a cabeça em dia
A gestação e a maternidade trazem importantes mudanças na vida das mulheres, assim como na vida do casal e de toda família ao redor. Por isso, é muito importante cuidar de todos os sentimentos, emoções e pensamentos que vão aparecendo durante esse processo. Existe um termo que vem ganhando destaque dentro desse contexto que é o pré-natal psicológico. Você já ouviu falar? O pré-natal psicológico é uma prática complementar ao pré-natal tradicional, voltado para maior humanização do processo gestacional, e se propõe a prevenir algumas situações potencialmente prejudiciais para a saúde psicológica da mulher decorrentes desse período. Ele se comporta como um espaço para que a mulher possa falar o que sente, sem julgamentos e através disso pensar em novas possibilidades de ação e resolução dos conflitos que surgem em consequência do novo momento. Isso porque, geralmente a maternidade traz sentimentos muito ambíguos. Hora sentimentos que a mulher julga como positivo, hora sentimentos que julga como negativo. Por exemplo, medo do futuro, medo da mudança do corpo, baixa libido, ansiedade em relação ao parto, entre outros. Para mulher, é um momento de mudança total, com muitos lutos para administrar. O espaço do pré-natal psicológico ganha espaço à medida que paramos de entender a maternidade como algo instintivo e começamos a olhar como uma relação que se constrói, desde a gestão até o nascimento e criação do filho. Por isso, é completamente normal sentir todo e qualquer tipo de sentimento. Ou seja, o pré-natal psicológico aparece como uma prevenção do adoecimento e também como fortalecimento emocional da mulher, de toda a rede apoio que está em volta dela e os preparam para a chegada dessa nova vida que está por vir.
Por que estamos vivendo a era do esgotamento mental?
Você sente que termina seus dias extremamente cansado, indisposto, ansioso e/ou desmotivado? Se a sua resposta foi sim é provável que você esteja passando por um período de esgotamento mental. Essa é uma situação marcada pelo desequilíbrio do corpo e da mente, ou seja, é quando uma pessoa atinge o limite das suas emoções e pode vir a desenvolver ansiedade generalizada, crises de pânico e até depressão. Para saber se você está passando por um período de esgotamento mental, listei abaixo os principais sintomas dessa condição: perda da produtividade; irritabilidade; insônia; desmotivação com a vida; dificuldade de raciocínio e de concentração; ansiedade; Quais são as causas do esgotamento mental? O esgotamento mental, normalmente, surge pelo excesso de preocupação, por exemplo, a pressão de atingir metas, competição no trabalho, desconfiança, insatisfação, infelicidade no casamento, acúmulo de tarefas no dia a dia, entre outros. Além disso, a pandemia da Covid-19 também contribuiu com o aumento do quadro de esgotamento mental na população, uma pesquisa feita pela USP mostra o Brasil liderando a lista de 11 países com mais casos de depressão e ansiedade durante a pandemia do novo coronavírus. A necessidade de isolamento social combinado com o trabalho home office, fez com que a vida pessoal e profissional se misturasse, perdendo os limites de onde uma termina e a outra começa. O resultado disso são pessoas cada vez mais estressadas, cansadas, ansiosas e deprimidas em diversos âmbitos da vida. 4 dicas para lidar com o esgotamento mental Reverter esse quadro, antes de qualquer coisa, requer consciência de como seu corpo e sua mente tem estado nos últimos tempos. E para começar a lidar com o excesso de preocupações, separarei 4 dicas para aplicar na sua rotina: 1. Mude hábitos Hábitos negativos como trabalhar por muitas horas seguidas, comer mal e ingerir muita cafeína são prejudiciais para a saúde, principalmente para a sensação de esgotamento emocional. 2. Pratique exercícios físicosMovimentar o corpo ajuda a liberar serotonina e endorfina, conhecidos como “hormônios da felicidade”. 3. Determine momentos de trabalho e lazer Determinar horários de vida profissional e pessoal ajuda o cérebro a relaxar e descansar de verdade nas horas certas, melhorando a concentração e o humor. 4. Procure ajuda profissional se necessário É fundamental procurar ajuda profissional em situações que não seja possível resolver os problemas sozinho. E para esse ponto, pode contar comigo!
O valor da amizade para a sua saúde mental
“Quem tem um amigo tem tudo Se o poço devorar, ele busca no fundo” já dizia Emicida na música que fez com Zeca Pagodinho e com a Tokyo Ska Paradise Orchestra. Um amigo, segundo ele, “É um ombro pra chorar depois do fim do mundo”. Somando à verdade secular, a música de 2020 mostra também que as relações de amizade são ótimas para nossa saúde mental, sendo indispensável para qualquer pessoa, quase como um instinto, uma resposta natural ao que é estar vivo. Mas a amizade não é algo que se recebe apenas. Estar lá na alegria e na tristeza, e oferecer apoio é uma via de mão dupla. Na maioria das vezes, isso acontece com contato físico, e promove saúde física e emocional. Temos falado bastante aqui no blog sobre saúde mental e também sobre como a pandemia, que obrigou milhões de pessoas a se isolarem, afetou o bem-estar geral, desencadeando um aumento nos números de indivíduos com ansiedade e depressão. O toque físico, extremamente necessário segundo a ciência, e as trocas de experiências ficaram em segundo plano, em um mundo que fundiu ainda mais a vida profissional com a pessoal. A verdade é que ninguém está bem. Aliás, como poderia? O cansaço causado pelas telas nos fazem usá-las para trabalhar, estudar ou para os famosos streams, não muito mais que isso. Quase não sobra tempo para festinhas virtuais ou para ouvir por horas aquele amigo que a gente ama. Ouvir longamente uma fofoca, como fazíamos na mesa do bar, é quase impossível. Passar um dia viajando, criando boas memórias, também. Não quero parecer negativa, mas é um fato que a pandemia afetou para sempre a forma como nos relacionamos. Como, então, podemos tentar driblar todas essas questões? Vou compartilhar ações que funcionam para mim. Se você achar que eu posso acrescentar algo, me conta nos comentários? Primeiro de tudo, eu preciso me sentir bem comigo mesma. Como vou poder oferecer um tempo de qualidade para alguém que eu amo se estou com enxaqueca ou estresse nas alturas por conta do meu trabalho? Por isso, separo pequenos intervalos de tempo para meditar, respirar fundo, fazer um escalda pés, usar um óleo essencial, tomar um chá, ver um filme bobo. Aqui, qualquer coisa que me acalme está valendo. Quando me sinto bem de uma forma minimamente mensurável, mando aquela famigerada mensagem do ‘oi sumida(o)’, mas sem pressão ou pedindo resposta rápida. Ressalto que a pessoa deve responder quando puder e quiser, e me reservo o direito de fazer o mesmo. Se eu ver algo que sei que um amigo vai gostar, mando para ele, mas com muito cuidado também, porque ninguém merece ser sobrecarregado com links neste mundo cheio de informações. Ainda sobre o ponto anterior, sei que às vezes bate aquela vontade de falar com as pessoas que a gente ama, mas é sempre bom perguntar se pode ligar e, em hipótese alguma, mandar “preciso falar agora. Cadê você? Preciso de você. É urgente” se realmente não for urgente. Isso pode causar ansiedade e, posteriormente, um afastamento, ou seja, não é legal para nenhuma das partes. Quando o amigo ou a amiga responder, tento marcar um horário para batermos um papo curto, perguntar da família, dar risada de uma coisa inusitada que aconteceu no mercado, compartilhar sentimentos pandêmicos ou falar da reação da vacina. Tudo de forma muito leve, como se deve ser. Ressalto mais uma vez que está difícil para todo mundo, todos estamos com medo e, muitas vezes, nos sentimos sós no mundo. Por isso, precisamos ter cuidado com as relações e com as cobranças. Se eu vejo que um amigo ou amiga está muito mal, tento mandar por deliver um mimo que reconforte, uma cartinha, uma foto impressa de um momento muito bom, flores, chocolate, um contato de profissional de psicologia ou qualquer coisa que faça aquela pessoa se sentir amada e cuidada naquele momento. Algo que não é menos importante que os pontos anteriores: se você estiver sentindo falta de alguém em sua vida, há formas de falar isso sem parecer invasivo ou injusto com o que estamos todos enfrentando. E é um ato de coragem fazer isso, não é mesmo? Coragem de se mostrar vulnerável e dizer para o outro “eu quero você por perto”, e acionar aquela forma de lidar, caso venha algum tipo de rejeição. Por fim, situações que tentamos visualizar no futuro podem nos afetar como se realmente tivéssemos vivido aquilo. Por isso, sem criar grandes expectativas, tente imaginar que, em um futuro não muito distante, você vai poder ver aquela pessoa querida, dar um abraço bem apertado e contar as novidades pessoalmente. Faça isso principalmente naqueles dias mais difíceis. Tenho certeza que vai ajudar.