Você é antirracista fora do Instagram também? 
Medidas para se tornar uma pessoa contra o racismo.

“Numa sociedade racista, não basta não basta não ser racista: é preciso ser antirracista”. Talvez, você já tenha ouvido essa famosa frase da filosofa estadunidense Ângela Davis. Se por um lado as discussões sobre o racismo ganham cada vez mais adeptos, por outro, os discursos de ódio também ganham cada vez mais espaço. Nesse contexto, ser contra o preconceito não é suficiente! A partir do momento em que você reconhece o racismo e entende como ele é um risco para avançarmos como sociedade, é necessário que essa consciência venha seguida de atitudes antirracistas, para assim, vermos mudanças reais. Quer saber como você pode ajudar? Então, confere as dicas que separei para você ser uma pessoa antirracista.  1. Saia da bolha! É preciso entender a realidade e a história de etnias diferentes. Pesquisar a história de culturas e povos, conversar e principalmente escutar as pessoas que não têm a mesma etnia que você.  2. Se posicione. Se posicione ao lado de uma pessoa que é vítima do racismo. Vale dar um abraço ou apenas ficar próximo para ela não se sinta sozinha. Além disso, procure de alguma forma denunciar a situação. O importante é não se calar. Racismo é crime, não piada!  3. Entenda seus privilégios Você sabe quais são os seus privilégios em relação às pessoas de etnias diferentes da sua? Para reconhecê-los, entenda as dificuldades que negros, indígenas e amarelos sofrem e compare se essas situações acontecem com você. 4. Incentive as pessoas a serem antirracistas Se você é branco, não tenha vergonha ou medo de falar sobre racismo com outras pessoas brancas. O importante é que a troca da informação nunca pare. Quanto mais falarmos sobre o assunto, mais pessoas iremos alcançar. Até porque, não adianta negros, indígenas e amarelos colocarem o lado deles, se as etnias que oprimem não estiverem abertas ao diálogo e dispostas a acabarem com o racismo.

Por que somos tão preconceituosos com o outro?

Primeiro, antes de responder a essa pergunta, quero contextualizar o sentido da palavra preconceito. O preconceito é ação de julgar algo ou alguém antes de conhecer. Esse prejulgamento é feito nas mais diversas situações cotidianas, por exemplo, estranhar uma comida que você não experimentou e julga pela aparência. Em outras palavras, o preconceito é um mecanismo usado no convívio e nos momentos em que nos deparamos com o não familiar, o desconhecido ou o diferente. Embora seja um artifício usado em nossas experiências, o preconceito se torna um problema nos convívios sociais quando significados pejorativos são atribuídos a outros indivíduos ou a grupos de forma generalizada, sendo subestimado pelos seus traços étnicos ou raciais, sem considerar seus contextos e particularidades. Em nosso contexto brasileiro, o preconceito racial é o mais comum e o mais problemático em suas consequências. Uma delas é a segregação racial ou o racismo, que também está intimamente ligada a problemas sociais como a desigualdade, a violência e a pobreza. O preconceito racial brasileiro começou como consequência da escravidão, porque os negros eram considerados, até pelos mais estudiosos da época, seres inferiores, associados a animais e desprovidos de inteligência. Além disso, o preconceito também se desdobra em certos valores, na linguagem, em termos pejorativos e no ideal de beleza. O combate a esse tipo de preconceito é urgente e deve ser eliminado por meio da educação, que deve servir como parâmetro de compreensão do mundo e das diferenças, tendo como objetivo a afirmação da igualdade de direitos e deveres que independente de sexo, gênero, cor, orientação sexual, crença ou situação econômica.