MASCULINIDADE TÓXICA: Por que não uso essa terminologia?

Não estou negando que exista o machismo! Pelo contrário, estou propondo uma reflexão em um movimento da via de mão dupla. Como assim, Mari? Presta atenção que vou te explicar… A masculinidade da maneira como ela se posta hoje na sociedade, impacta não só as mulheres, mas também os homens. Eles são bombardeados por uma série de comportamentos estereotipados que ele deve seguir, do tipo: não pode se mostrar gentil e carinhoso, tem sempre que bancar o machão, resolver os seus problemas através de brigas físicas (com homens e mulheres). Inclusive,já existem estudos que apontam os prejuízos que esse comportamento pode trazer para os homens a Associação Norte Americana de Psicologia, estima que 80% dos homens americanos sofram de uma condição chamada alexitimia, que é uma desordem neurológica que afeta o processamento das emoções, isso pode acarretar uma série de doenças psicossomáticas, entre outras consequências. É preciso repensar os papéis, femininos e masculinos, para não cairmos nas armadilhas do machismo, que é um fenômeno social estrutural. Que atinge homens e mulheres de maneiras diferentes, causando muitos danos aos dois grupos, porém no caso das mulheres pode levar à m*rte, se pensarmos em violência. E no caso dos homens emocionalmente, gera violência. Como ele não tem como extravasar tudo que ele sente ou pensa, sem que a sua masculinidade seja questionada, ele acaba agindo/reagindo com violência.

Como montar suas prioridades em 2022, começando por você…

É comum as pessoas se queixarem por estarem caminhando em círculos dentro da própria vida, ou que estão se esforçando muito e não estão chegando em lugar algum. Dentro desse cenário de frustração, vale um questionamento: o quanto essas pessoas estão se planejamento para alcançarem a vida que desejam? Falo isso, porque uma causa comum para esse tipo de frustração é que a maioria das pessoas não direciona sua energia em um foco específico e por isso, acabam se se sentindo decepcionadas por não verem sua vida avançar. Tenho certeza de que você não quer que isso aconteça com você, certo? Sendo assim, se nesse novo ano você quer mudar de alguma forma sua vida, seja ter mais qualidade de tempo, avançar na carreira ou ter prosperidade financeira, uma coisa é fato, você precisa ter um bom plano! E aí, já parou para pensar por onde começar? A palavra é: planejamento pessoal!  Ter um planejamento pessoal vai te ajudar a definir suas metas e objetivos para 2022, além de te ajudar a direcionar suas ações rumo a realização. É importante que nesse planejamento, tenha prazos e recursos para concretização de cada objetivo. Assim, você não terá espaço para distração e conseguirá manter o foco com mais facilidade. Quando apenas deixamos que as coisas aconteçam, sem planejar, corremos o risco de tomarmos decisões ruins e que, muitas vezes, podem nos prejudicar. O ideal é que você seja cada vez mais objetivo em relação aos seus desejos, pois assim, seus sonhos ganharão clareza dentro da sua mente e você se sentirá mais confiante em suas realizações. 5 dicas para priorizar o que é importante para você. Para começar a construir um planejamento pessoal, uma boa dica é responder algumas perguntas-chaves, por exemplo:– como, quando, por que (propósito), onde e com quem você vai realizar tal meta? Depois de ter feito isso, você conseguirá visualizar cada meta com mais clareza e abaixo, deixo 5 dicas para que você se mantenha no caminho das suas realizações. Defina suas metas – As metas são o seu norte! Lembre dos motivos pelos quais decidiu lutar por elas. Com certeza, se elas são as primeiras coisas que vem à sua cabeça, elas são importantes! Seja pé no chão – Ao definir seus objetivos seja sempre o mais verdadeiro possível. Sonhe com os pés no chão e trabalhe dentro das possibilidades reais. Do contrário, na primeira dificuldade você desistirá. Cuidado com seus pontos fracos – Para realizarmos qualquer coisa na vida precisamos conhecer quais são os desafios que podem nos impedir de realizar nossos sonhos. Por isso, faça uma auto-observação, identifique os pensamentos e comportamentos que podem te prejudicar durante o processo. Tenha foco – Se você realmente quer chegar a algum lugar precisa manter-se no caminho certo. Seu objetivo depende diretamente do seu comprometimento. Lembre-se disso e não deixe que sentimentos de dúvida, medo e ansiedade te sabotem. Motive-se – Do mesmo modo que é preciso focar, é preciso se motivar todos os dias. Manter-se conectado aos motivos pelos quais você quer atingir suas metas. Por isso, pensar em recompensas no dia a dia por fazer escolhas rumo aos seus objetivos te ajudará a ser sentir presenteado por estar no caminho certo. No mais, se você se organiza e acredita, pode e vai realizar todos os seus objetivos. Siga em frente!

No novo ano, como fugir das resoluções e mudar o que realmente é importante para você?

Dois mil e vinte e dois chegou, e para a maioria das pessoas o começo do ano significa a possibilidade de mudanças. Prosperar financeiramente, mudar um antigo hábito, aprender algo novo, passar mais tempo com a família… Seja qual for a mudança, uma coisa é fato: o início do ano desperta a reflexão sobre o que deu certo, o que deu errado e o que mudar em relação ao ano que passou. No entanto, para que as mudanças aconteçam de fato é importante juntar pontos de reflexão com pontos de ação. Afinal, não dá para viver só no campo das ideias, não é mesmo? É preciso botar as mudanças em prática. Por isso, nessa leitura, te convido a dar o primeiro passo rumo as resoluções de ano novo. O que é realmente importante para você? Quais são as suas prioridades? Pense, hoje, em como está a sua vida e como você gostaria que ela fosse. Quais são os seus problemas? Você está no (seu) caminho certo ou precisa alterar a rota? Me conta, o que você quer de verdade? Qual é aquele sonho que passa todos os dias pela sua cabeça? Cá entre nós, essa tarefa é bem mais simples do que parece. A gente sempre sabe o que precisa ser transformado. O que nos falta, na maioria das vezes, é coragem para assumir isso. É hora de colocar-se em primeiro lugar! Esqueça o que as pessoas vão achar ou falar. Pense: o que vale a pena mudar e que vai trazer um bem enorme para a sua vida? Responda e refaça essas perguntas sempre que possível, elas trarão a clareza necessária para transformar sua vida. Escolha seus objetivos! Em seguida, saia do mundo das ideias e dê o próximo passo, trabalhe em direção aos seus objetivos. Para facilitar, defina objetivos de curto, médio e longo prazo alinhados com a vida que você quer ter, esse será seu norte, o que faz teu coração vibrar. Coloquei abaixo um exemplo de como você pode fazer isso. Escreva em um papel os setores da sua vida (trabalho, relacionamento, saúde…) Elenque objetivos para cada um deles; Classifique cada um por ordem de prioridade; Revise toda a lista, filtrando o que realmente deveria estar ali e o que pode sair; Identifique quais são as ações que você precisa tomar para realizar cada uma das metas; Determine prazos para cada um dos itens; Comece a agir; Revise o que você está conseguindo realizar regularmente. Dica: opte por objetivos que mantenham os seus pés no chão. Considere ações possíveis dentro da sua situação atual para criar seu destino. Assim, você manterá seu foco para as ações diárias e ainda traz a sensação de que você está progredindo dentro de um cronograma possível.

Você é antirracista fora do Instagram também? 
Medidas para se tornar uma pessoa contra o racismo.

“Numa sociedade racista, não basta não basta não ser racista: é preciso ser antirracista”. Talvez, você já tenha ouvido essa famosa frase da filosofa estadunidense Ângela Davis. Se por um lado as discussões sobre o racismo ganham cada vez mais adeptos, por outro, os discursos de ódio também ganham cada vez mais espaço. Nesse contexto, ser contra o preconceito não é suficiente! A partir do momento em que você reconhece o racismo e entende como ele é um risco para avançarmos como sociedade, é necessário que essa consciência venha seguida de atitudes antirracistas, para assim, vermos mudanças reais. Quer saber como você pode ajudar? Então, confere as dicas que separei para você ser uma pessoa antirracista.  1. Saia da bolha! É preciso entender a realidade e a história de etnias diferentes. Pesquisar a história de culturas e povos, conversar e principalmente escutar as pessoas que não têm a mesma etnia que você.  2. Se posicione. Se posicione ao lado de uma pessoa que é vítima do racismo. Vale dar um abraço ou apenas ficar próximo para ela não se sinta sozinha. Além disso, procure de alguma forma denunciar a situação. O importante é não se calar. Racismo é crime, não piada!  3. Entenda seus privilégios Você sabe quais são os seus privilégios em relação às pessoas de etnias diferentes da sua? Para reconhecê-los, entenda as dificuldades que negros, indígenas e amarelos sofrem e compare se essas situações acontecem com você. 4. Incentive as pessoas a serem antirracistas Se você é branco, não tenha vergonha ou medo de falar sobre racismo com outras pessoas brancas. O importante é que a troca da informação nunca pare. Quanto mais falarmos sobre o assunto, mais pessoas iremos alcançar. Até porque, não adianta negros, indígenas e amarelos colocarem o lado deles, se as etnias que oprimem não estiverem abertas ao diálogo e dispostas a acabarem com o racismo.

Feminicídio: o que é e por que se matam tantas mulheres no Brasil

O que é feminicídio:  De fora direta, o feminicídio é o homicídio cometido contra mulheres, pelo simples fato de serem mulheres. Parece absurdo essa afirmação, mas, infelizmente é mais comum do que você imagina.  Gerada pela misoginia, ou seja, pelo menosprezo a condição feminina ou discriminação de gênero, todos os dias mulheres são assassinadas por parceiros ou ex, por familiares, por desconhecidos, estupradas, esganadas, espancadas, mutiladas, negligenciadas, violadas e invisibilizadas: mulheres morrem barbaramente todos os dias no Brasil! Tipos de feminicídio Há seis anos, no dia nove de março de 2015, entrava em vigor a lei do feminicídio (Lei 13.104/15), o assassinato de mulheres por serem mulheres. A lei considera feminicídio quando o assassinato envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima. A Lei do Feminicídio não enquadra, qualquer assassinato de mulheres como um ato de feminicídio, apenas os seguintes casos:  Violência doméstica ou familiar: quando o crime resulta da violência doméstica ou é praticado junto a ela, ou seja, quando o homicida é um familiar da vítima ou já manteve algum tipo de laço afetivo com ela. Menosprezo ou discriminação contra a condição da mulher: quando o crime resulta da discriminação de gênero, manifestada pela misoginia e pela objetificação da mulher. Quando o assassinato de uma mulher é decorrente, por exemplo, de latrocínio (roubo seguido de morte) ou de uma briga simples entre desconhecidos ou é praticado por outra mulher, não há a configuração de feminicídio.  Feminicídio no Brasil Infelizmente, o país é o quinto no ranking mundial onde mais se matam mulheres. Todos os dias, um número expressivo de mulheres, jovens e meninas são submetidas a alguma forma de violência no Brasil.  Assédio, exploração sexual, estupro, tortura, violência psicológica, agressões por parceiros ou familiares, perseguição, feminicídio. Sob diversas formas, a violência de gênero é recorrente e acontece nos espaços públicos e privados, encontrando na morte a sua expressão mais grave. Para se ter uma ideia do quadro geral, o país registra um caso de feminicídio a cada 6 horas e meia! Nos últimos dois anos, durante o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19, em 2020, foram registrados 1.350 casos de feminicídio!  Apesar de graves e impactantes, esses dados podem ainda representar apenas uma parte da realidade, uma vez que uma parcela considerável dos crimes não chega a ser denunciada ou, quando são, nem sempre são reconhecidos e registrados pelos agentes de segurança e justiça como parte de um contexto de violência contra as mulheres.  Com isso, a dimensão dessa violência letal ainda não é completamente conhecida no país.

Por que a autocompaixão é importante para todos nós

O que é a autocompaixão A compaixão e a autocompaixão se referem as mesmas emoções, porém, direcionadas a sujeitos diferentes, ou seja, se a primeira trata dos sentimentos de empatia e compreensão perante o sofrimento de outra pessoa, quando estes mesmos sentimentos são aplicados a si mesmo, trata-se da autocompaixão. Quando vemos uma pessoa querida passar por algum momento difícil, enfrentar algum desafio pessoal ou cometer falhas, normalmente agimos com carinho e não com punição. Nós reconhecemos que a imperfeição faz parte da experiência humana, o que em outras palavras significa exercer a compaixão.  Entretanto, em nossa sociedade, aprendemos a exigir muito de nós mesmos, na maioria das vezes, em busca da perfeição ou de grandes resultados. Dessa forma, a autocrítica parece ser o caminho para o sucesso. Mas, a autocrítica exagerada pode levar à baixa autoestima, depressão, ansiedade etc. Por que a autocompaixão é importante?  Na autoavaliação, um erro é apenas algo que deve ser corrigido e superado. Na autocrítica, um erro torna-se sinal de fracasso e, ao sentir que falhamos, somos tomados pelo sentimento de culpa. Quando não cultivamos a autocompaixão, somos muito duros e rígidos conosco, temos dificuldade em aceitar nossos erros e nos culpamos por eles. Nos cobramos para sermos perfeitos, e nos desapontamos com as expectativas altas que criamos. Nos julgamos pelos nossos pensamentos e emoções não prazerosos, e no punimos. Você percebe que essa quantidade de carga mental negativa pode afetar a sua saúde mental? Portanto, reverter essa situação e cultivar a autocompaixão possibilita uma série de benefícios, como:  redução dos sintomas de estresse e depressão aumento da liberação do hormônio de ocitocina no corpo, responsável pelas emoções prazerosas diminuição da autocrítica e da sensação de isolamento aumento da conexão entre as pessoas aumento de comportamentos pró-sociais, como a compaixão e a empatia. Como desenvolver a autocompaixão?  A habilidade de ser (auto)compassivo pode ser treinada. A autocompaixão pode ser desenvolvida através de uma variedade de exercícios, bem como através da psicoterapia.  Um desses exercícios é você olhar para a sua autocrítica como uma crítica dirigida a um amigo. Se as palavras são muito duras para alguém que você gosta, então provavelmente também o são para si. De uma forma geral, tendemos a aceitar melhor as falhas dos outros do que as nossas próprias. Por isso, quando reconstruímos as críticas e aprendemos a aceitar as nossas imperfeições, aumentamos a autocompaixão.

Transtorno de Ansiedade: fique atenta para descobrir se você tem

Antes de mais nada, é importante entender que a ansiedade por si só não é algo negativo! Cá entre nós, ter um pouco de ansiedade no dia a dia é normal. Ok? Por exemplo, nada mais normal que sentir ansiedade antes de um evento importante ou antes de um encontro com uma pessoa que você nunca viu. Visto que a ansiedade está intimamente ligada aos sentimentos de preocupação, nervosismo e medo intenso. Ou seja, uma pessoa pode se sentir ansiosa quando acredita que existe algum um risco futuro ou uma ameaça. Mas, apesar de ser uma reação natural do corpo, a ansiedade pode virar um distúrbio quando passa a atrapalhar o dia a dia, e infelizmente essa é uma situação mais comum do que se imagina. Veja só, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 264 milhões de pessoas sofrem de algum transtorno de ansiedade ao redor do mundo!  Entretanto, o que precisa ficar claro é a principal diferença da ansiedade normal para o transtorno de ansiedade, este último sim, causa prejuízos na vida de quem sofre! Transtorno de Ansiedade O Transtorno de Ansiedade é a preocupação excessiva combinado com o estresse recorrente, por serem excessivos ou persistirem por um longo período acabam afetando a rotina.  Embora haja diversos tipos de transtornos de ansiedade, é possível encontrar um padrão entre eles. Para que você entenda melhor, separei alguns dos sintomas mais comuns de um transtorno de ansiedade:  Fala acelerada Respiração ofegante e falta de ar Sensação de tremor e vontade de roer as unhas Agitação de pernas e braços Tensão muscular Irritabilidade Enxaquecas Boca seca e hipersensibilidade de paladar Insônia Preocupação excessiva Dificuldade de concentração Medo constante Sensação de que vai perder o controle ou que algo ruim vai acontecer Desequilíbrio dos pensamentos Sensação de ser um observador externo da própria vida (despersonalização) Sentir-se desconectado de seus ambientes (desrealização) Se você quer saber se sofre de de Ansiedade ou de Transtorno de Ansiedade Generalizada, fique atento a esses sintomas e ao período de duração de cada um deles, caso passem a atrapalhar seu dia a dia, procure por ajuda.

Nenhum psicólogo vai resolver os seus problemas, apenas você.

O Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo! São mais de 18 milhões de pessoas que sofrem de transtorno de ansiedade, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Além disso, a pandemia da Covid-19 também afetou a saúde emocional e mental dos brasileiros e por consequência, a procura por atendimentos psicológicos cresceu. A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) calcula que a demanda aumentou 82% em consultórios particulares de todo o país. Por que buscar ajuda na psicologia?  A psicologia é a ciência que irá buscar a compreensão sobre como o ser humano cria a suas próprias narrativas. Sendo assim, o psicólogo identifica traumas, medos e receios que podem acarretar uma vida frustrada. O papel do psicólogo é conduzir a pessoa para à autodescoberta, à compreensão sobre as suas dificuldades e a forma com que se relaciona com o seu “mundo interior” e exterior. Para isso, ele aplica métodos científicos, a fim de compreender a psiquê humana e atuar no tratamento e prevenção de doenças mentais e melhorar a qualidade de vida do indivíduo.  Ele vai acolher e ouvir, sem julgamento, o sofrimento e a queixa trazida, trabalhando o que está por trás deles, conduzindo a pessoa em um processo de aceitação e mudança. Isso acaba diminuindo a dor e o sofrimento da pessoa.  Ouvir o paciente ajuda a fortalecer a sua autoestima, conexão com o mundo e a achar sua força interior, diminuindo as defesas que lhe afastam da realidade. Conduzir no entendimento das emoções, ajuda para que o paciente as identifique mais facilmente, fortalecendo seus recursos psíquicos para lidar com as angústias da vida.  Entretanto, um passo importante na busca por ajuda profissional, é estar disposto a encarar os incômodos que irão surgir dessa escolha. Muitas vezes, ignorar as emoções pode parecer melhor do que de fato entendê-las, interpretá-las e resolvê-las, portanto, manter a vontade de passar pelos desafios e incômodos para encontrar uma vida mais satisfatória é de suma importância nessa jornada. 

Por que jovens negros tem mais chance a depressão

Você sabia que o Brasil ocupa o topo do ranking no número de casos de depressão na América Latina? Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 12 milhões de pessoas são afetadas pela doença no país! Inclusive, na faixa etária de 10 a 29 anos, o número dos casos de transtornos mentais também é preocupante, especialmente entre jovens negros, que chegam a ter 45% mais chances de desenvolver depressão que um jovem branco.  Por isso, precisamos urgentemente olhar para a saúde mental dos jovens negros! Um ponto de partida para entender esse cenário é falar sobre raça, esse tema nos ajuda a entender como pretos e brancos são percebidos no Brasil, e consequentemente, as diferenças nas maneiras em que são tratados.  Existe no Brasil um imaginário racial que, infelizmente, inferioriza pessoas negras, criado desde o período da escravidão, com a desumanização do povo africano os transformando em escravo, acompanhado de uma ideologia de dominação racial que valoriza a cultura de sociedades brancas e desvaloriza a herança das culturas de origem africana.  Entretanto, além da escravização, temos as políticas de miscigenação e branqueamento, mortalidade infantil, encarceramento em massa, subemprego, desemprego e miséria, que são algumas das expressões do racismo atual na nossa sociedade. Infelizmente, o racismo está presente desde a infância até a vida adulta da população negra, e podemos ver o impacto devastador disso, através de sentimentos de inferioridade, baixa autoestima, sentimentos de vergonha, culpa, medo, angústia, ansiedade, insegurança, inadequação, autocobrança excessiva, rigidez… Para inverter este quadro precisamos combinar uma série de fatores, como por exemplo, políticas públicas de combate e a valorização dos movimentos sociais. É possível e preciso sentir prazer e orgulho de ser quem se é, cultivando amor interior e atuando coletivamente para podermos curar as sequelas do racismo.

Saúde mental e maternidade: como se manter com a cabeça em dia

A gestação e a maternidade trazem importantes mudanças na vida das mulheres, assim como na vida do casal e de toda família ao redor. Por isso, é muito importante cuidar de todos os sentimentos, emoções e pensamentos que vão aparecendo durante esse processo. Existe um termo que vem ganhando destaque dentro desse contexto que é o pré-natal psicológico. Você já ouviu falar? O pré-natal psicológico é uma prática complementar ao pré-natal tradicional, voltado para maior humanização do processo gestacional, e se propõe a prevenir algumas situações potencialmente prejudiciais para a saúde psicológica da mulher decorrentes desse período. Ele se comporta como um espaço para que a mulher possa falar o que sente, sem julgamentos e através disso pensar em novas possibilidades de ação e resolução dos conflitos que surgem em consequência do novo momento. Isso porque, geralmente a maternidade traz sentimentos muito ambíguos. Hora sentimentos que a mulher julga como positivo, hora sentimentos que julga como negativo. Por exemplo, medo do futuro, medo da mudança do corpo, baixa libido, ansiedade em relação ao parto, entre outros. Para mulher, é um momento de mudança total, com muitos lutos para administrar.  O espaço do pré-natal psicológico ganha espaço à medida que paramos de entender a maternidade como algo instintivo e começamos a olhar como uma relação que se constrói, desde a gestão até o nascimento e criação do filho. Por isso, é completamente normal sentir todo e qualquer tipo de sentimento. Ou seja, o pré-natal psicológico aparece como uma prevenção do adoecimento e também como fortalecimento emocional da mulher, de toda a rede apoio que está em volta dela e os preparam para a chegada dessa nova vida que está por vir.