Segundo a International Stress Management Association, nosso país está em segundo lugar no ranking de trabalhadores com burnout, também conhecido com esgotamento mental, uma síndrome onde o atingido apresenta alto nível de estresse relacionado ao trabalho.

Esse tipo de estresse crônico enfraquece o sistema imunológico e pode facilitar o aparecimento de outras doenças psicossomáticas, como a ansiedade e a depressão. No texto “Trabalho e saúde mental: cuidado com as armadilhas!disse que, de acordo com a OMS, ser mentalmente saudável é ser capaz de desenvolver habilidades pessoais, lidar com estresse, mudanças e desafios, desenvolver relações sociais e trabalhar de forma produtiva, tudo isso com o bem-estar por perto. Mas vamos combinar que esse pequeno parágrafo é, na prática, algo difícil de se manter integralmente.

Mas como identificar o esgotamento mental?

Se você se sente intensamente desgastado em seu ambiente de trabalho, sempre chega ao fim do dia cansado físico e mentalmente, extremamente estressado, sente que não é mais o mesmo, que seu raciocínio está lento e o seu humor no chão, talvez você precise parar e olhar para isso com calma e, mais importante, com ajuda profissional. Outros sintomas são: dores de cabeça frequentes, dores musculares, alteração nos batimentos cardíacos e sentimento de fracasso.

Com todos esses sintomas, todas as outras áreas da sua vida serão afetadas, se já não estão sendo. Infelizmente, você não terá tempo de qualidade para passar com amigos e família, e vai se sentir cada vez mais distante. A recomendação dos especialistas diante desses sintomas é unânime: não dá para deixar para depois. Quanto mais cedo você olhar para isso, mais cedo voltará integralmente à ativa.

2020 foi o ano em que a concessão de auxílio doença e aposentadoria por invalidez devido a transtornos mentais bateu recorde! Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, houve uma alta de 26% em relação a 2019, com 576,6 mil afastamentos. Entre eles, há maior incidência de afastamento por depressão e ansiedade, doenças, como disse, desencadeadas pelo burnout.

Caminhos para solução

Apesar de o mundo atual ser movido a telas, informações e estímulos, às vezes, buscar exercícios para deixar o FOMO (Fear of Missing Out, ou, em tradução livre, medo de ficar de fora) de lado, podem te ajudar. Praticar exercícios e ter horários para lazer com pessoas com as quais você se importa, também.

Outra ação que pode, e deve, ser tomada diz respeito à organização do seu dia. Pessoas que estão sempre apagando fogo, no sentido figurado, têm mais chances de se estressar e chegar ao burnout. Por isso, tente planejar sua semana no domingo ou na segunda de manhã, separando as atividades em 1. importante, 2. urgente e 3. circunstancial, que é aquela tarefa pedida de última hora e para ontem.

Te dou mais um conselho! Busque seu autoconhecimento. Conforme você se conhece mais, vai saber seus horários mais produtivos, o que te agrada ou desagrada, quais são os seus sonhos, qual é o seu propósito e o que te faz feliz.

A cultura da correria, hiperconexão, não separação da vida pessoal e profissional, jornadas exaustivas, não podem continuar sendo normalizadas Coloque em sua agenda pausas de cinco ou dez minutos ao longo do dia para fazer um exercício de respiração, para meditar ou se alongar. Tente não fazer mil atividades ao mesmo tempo, se comprometa a ter uma atenção exclusiva a cada uma delas. Com pouco tempo, sua qualidade de vida vai aumentar e o distúrbio causado por más condições de trabalho pode diminuir ou não chegar até você.

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